O Fim da Profecia
Apocalipse 22:6 - 21
O Senhor Jesus colocou o seu próprio selo neste livro do Apocalipse: "Estas palavras são fiéis e verdadeiras". Isto significa que ninguém pode mexer com elas, "espiritualizá-las" ou reduzi-las a símbolos sem significado. O Senhor está tratando da realidade do que foi registrado.
No início do livro foi pronunciada uma bênção sobre os que lêem e ouvem e guardam essas palavras. Concluindo, o Senhor Jesus repete a bênção sobre os que guardam estas palavras. O livro não foi escrito apenas para satisfazer a curiosidade do leitor, mas para viver e agir em conformidade com ele. É notável que João novamente assevera, como fez várias vezes anteriormente, que presenciou as cenas descritas no livro como espectador e ouvinte: esse método foi usado desde o início do livro, à semelhança de um programa de televisão atual.
João se impressionou tanto que a sua reação instintiva foi de prostrar-se e adorar o anjo que tinha estado a lhe mostrar essas coisas. A simplicidade e a humildade do anjo são impressionantes, porque, embora os anjos tenham sido criados superiores ao homem, este diz que é um simples conservo de João e dos outros profetas como ele; como os profetas, ele é um mensageiro para comunicar a Palavra de Deus aos homens, em seu caso especificamente para mostrar aos servos de Deus as coisas que em breve hão de acontecer. Toda a adoração deve ser dirigida a Deus apenas.
Novamente transmitindo as palavras do Senhor Jesus, o anjo fez sete afirmações:
1) As palavras da profecia deste livro não deviam ser seladas, porque o cumprimento estava próximo. Elas não eram para ser guardadas para uma explicação e clarificação futura, como as que foram dadas a Daniel e que se cumpririam muito mais tarde (e que foram esclarecidas com as palavras dadas a João); as palavras dadas a João portanto põem um término a toda a profecia e revelação. O seu cumprimento realmente já se iniciava nos dias de João, e por quase vinte séculos a igreja tem passado pelos períodos das sete igrejas previstos nos capítulos 2 e 3. Ainda não chegamos ao início da septuagésima semana de Daniel, que é o início das coisas que depois destas devem acontecer (Apocalipse 4:1), mas estamos convictos que estamos nos tempos da igreja de Laodicéia, quando ele se dará.
2) As palavras desta profecia serão inevitavelmente cumpridas. Não importa o que fizerem os homens, nada será mudado. A linguagem usada é provavelmente irônica, e a total falta de esperança do ímpio (os injustos, os sujos) em seu estado final é que é retratada aqui: está contemplando o tempo quando Cristo terá fechado a porta aos que estiverem de fora, deixando-os sem mais recursos para se salvarem. O crente (os justos, santos) continuará praticando a justiça e sendo santificado. O estado em que se encontrará o ímpio e o crente continuará para sempre. Não existe aqui uma palavra sobre uma segunda oportunidade no porvir para o ímpio.
3) O propósito da volta de Cristo é o de recompensar a cada um segundo as suas obras. Ele pessoalmente recompensará a cada crente individualmente: os da igreja após o arrebatamento, os de Israel e os gentios convertidos (do Velho Testamento e tribulação) na Sua volta para estabelecer o Seu reino milenar. Quando se traduz que o Senhor diz, três vezes, nesta última parte da Escritura "presto venho" ou "cedo venho", o real significado para nós é que Ele vem depressa, rapidamente. Os eventos descritos a partir do capítulo 4 até o capítulo 19 ocorrerão durante sete anos apenas, e a maioria durante os últimos três anos e meio. Aqui vemos um grande estímulo aos que forem salvos durante esse período, pois o próprio Senhor está dizendo que não vai demorar, Ele logo estará aqui.
4) Cristo é o Alfa e o Ômega, o Princípio e o Fim, o Primeiro e o Derradeiro. Pela quarta vez neste livro somos alertados sobre essa realidade. Ele é o Senhor desde o princípio até o fim, o autor e o finalizador de tudo. Temos assim a certeza que Cristo está qualificado para ser o juiz do versículo 12. Cristo foi o criador do universo para o Pai portanto agora Ele é o finalizador da redenção.
5) Os que se purificam e assim têm direito à árvore da vida e podem entrar na cidade pelas portas são felizes. Esta frase se aplica bem às nações da Nova Terra (Apocalipse 21:24 - 22:2).
6) Fora ficam os que praticam o mal. A lista dada no versículo 14 é como a encontrada no capítulo 21:8, onde também se encontram os covardes, os incrédulos, os abomináveis (aqui chamados de cães, animais que no oriente se alimentam do lixo e por isso são muito desprezados). O lugar dos "de fora" será no lago de fogo que arde com enxofre: a segunda morte.
7) Jesus enviou o Seu anjo para nos dar este testemunho concernente às igrejas. Ele é a Raiz e o Descendente de Davi, em sua glória divina comparável à resplandecente estrela da manhã. O Velho Testamento terminou com a promessa que o sol da justiça se levantaria trazendo salvação em suas azas. Agora Ele é a resplandecente estrela da manhã que virá num momento tenebroso para livrar aqueles que nEle confiam.
O Espírito Santo e a noiva (a igreja de Cristo) fazem um convite que deverá ser repetido por todo o crente que está ouvindo (ou lendo) este livro, dirigido a todos para que venham a Cristo antes da Sua vinda. O Espírito Santo mediante a Sua Palavra está trabalhando entre os homens mostrando a sua culpa diante de Deus e revelando a salvação mediante a fé em Cristo. A igreja proclama a Sua mensagem, convidando os que têm sede para virem beber de graça da água da vida. Enquanto estava no mundo o Senhor Jesus disse: "Se alguém tem sede, que venha a mim e beba." (João 7:37). Este é o convite que permanece ainda.
Há uma séria advertência para aqueles que distorcerem de propósito a mensagem deste livro. Devemos também manejar a Bíblia com cuidado e muito respeito a fim de não distorcermos a sua mensagem, mesmo sem o intencionarmos.
Deveríamos nos apressar em pôr os seus princípios em prática em nossas vidas. Nenhuma explicação ou interpretação humana da Palavra de Deus deveria ser elevada à mesma autoridade que tem o próprio texto. Isto é confirmado por uma sanção muito solene, condenando e amaldiçoando todos os que se atreverem a corromper ou modificar a palavra de Deus, seja por acréscimo ou dedução. Quem faz acréscimo à palavra de Deus atrai para si todas as pragas escritas nesse livro, que incluem a punição eterna no lago de fogo e de enxofre; e quem subtrai algo dele, coloca-se fora do alcance de todas as promessas e privilégios nele mencionados, que inclui a salvação.
Esta sanção é como uma espada flamejante, para guardar o cânone da escritura sagrada contra mãos profanas. Deus colocou uma muralha como essa em volta da Lei, do Velho Testamento, e agora da maneira mais solene ao redor de toda a Bíblia, assegurando-nos que é um livro de natureza supremamente sagrada, de divina autoridade, e da maior importância, portanto recebendo o cuidado especial do grande Deus.
Este último livro da Bíblia termina com três frases:
1. "Sim, venho em breve" - declaração do Senhor Jesus, trazendo ânimo para o Seu povo, particularmente para os que estiverem sofrendo perseguição.
2. "Amém. Vem, Senhor Jesus!" - essa é a resposta do seu povo: atualmente a Sua igreja, que espera pelo seu arrebatamento. Posteriormente os fiéis da tribulação que aguardarão ansiosamente a Sua volta para livrá-los.
3. "A graça do Senhor Jesus seja com todos. Amém." - o desejo de João a todos os que leram o livro.
Desejamos a todos os leitores as ricas bênçãos de Deus e que cresçam cada vez mais no conhecimento das grandes revelações que encontramos na Palavra de Deus, que fortalecem a nossa fé e nos incentivam a proclamar mais alto o grande Evangelho de Cristo para a salvação das almas.
Pastor Francisco Antonio
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segunda-feira, 14 de janeiro de 2008
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