Apocalipse 6 :1 E, HAVENDO o Cordeiro aberto um dos selos, olhei, e ouvi um dos quatro animais, que dizia como em voz de trovão: Vem, e vê.
2 E olhei, e eis um cavalo branco; e o que estava assentado sobre ele tinha um arco; e foi-lhe dada uma coroa, e saiu vitorioso, e para vencer.
Um cavalo branco: Cavalos, na Biblia, são ligados a duas classes de homens que tem importancia aqui:
1 Nobres e Governantes (Ester 6:8-11; Eclesiastes 10:7; Ezequiel 23:6,12,23).
2 Soldados (Salmo 33:17; 147:10; Provérbios 21:31; Isaías 43:17; Jeremias 8:6). Muitas das referencias biblicas a cavalos e cavaleiros os citam no contexto de guerra. Varias descrições de guerra incluem referencias aos cavalos, que deram uma vantagem militar aos exercitos antigos (Éxodo 15:1,21; 2 Samuel 10:18). Os simbolos profeticos do Antigo Testamento usavam cavalos e cavaleiros nas descrições dos inimigos de Deus, como Gogue e seu exercito (Ezequiel 38:14-15), e para representar os servos enviados para fazer a vontade de Deus (Zacarias 1:7-11). Este trecho de Zacarias ajuda a entender o significado dos cavaleiros citados aqui por Jo�o.
Branco normalmente representa pureza ou santidade. Aqui temos a figura de um guerreiro real e santo.
Cavaleiro com um arco: O cavaleiro no cavalo branco em 19:11 é Jesus. Naquela cena de vitoria, ele é seguido por servos, também montados em cavalos brancos (19:14). Aqui, tambem, parece que o cavaleiro que abre a cena seja o proprio Jesus. Ele abre os selos, mas ele tambem faz parte integral da mensagem revelada no livro. O arco, obviamente, é arma de guerra (1 Cronicas 5:18; 2 Cronicas 14:8; 17:17; Jo 20:24; Salmo 78:9). Em referencias especialmente relevantes ao nosso estudo aqui, a arma de guerra na mao de Deus (Salmos 7:12; 21:12). Isaías profetizou de um redentor enviado pelo Senhor que transformaria as nações em palha (Isaías 41:2). A imagem mais pr�xima no Velho Testamento, juntando as figuras de cavaleiro e arco, se encontra em Zacarias 10:3-5 � �... mas o SENHOR dos Exercitos tomará a seu cuidado o rebanho, a casa de Judá, e fará desta o seu cavalo de glória na batalha. De Judá sairá a pedra angular; dele, a estaca da tenda; dele, o arco de guerra; dele sairá o todos os chefes juntos. E será o como valentes que, na batalha, pisam aos pés os seus inimigos na lama das ruas; pelejará o, porque o SENHOR está com eles, e envergonhará o os que andam montados em cavalos�.
Foi-lhe dada uma coroa: Jesus recebe uma coroa. Já encontramos esta palavra (grego, stephanos) em outros trechos que prometeram a recompensa aos vencedores (2:10; 3:11). � a mesma palavra que identifica as coroas dos 24 ancições (4:4; 4:10). Veja mais informações nos comentó rios sobre 4:4, liçaõ o 12.
Ele saiu vencendo e para vencer: Estas palavras confirmam o sentido do cavaleiro armado e coroado. Ele se apresenta como vencedor executando, obviamente, a vontade de Deus. Qualquer coisa que vem na abertura dos pr�ximos selos deve ser entendida como algum aspecto da vitória divina sobre os seus inimigos. Pode trazer sofrimento, até para os fiéis, mas a boa notócia da vitória divina!
O SEGUNDO SELO :
Apocalipse 6:3-4 E, havendo aberto o segundo selo, ouvi o segundo animal, dizendo: Vem, e vê.
4 E saiu outro cavalo, vermelho; e ao que estava assentado sobre ele foi dado que tirasse a paz da terra, e que se matassem uns aos outros; e foi-lhe dada uma grande espada.
E saiu outro cavalo, vermelho: Vermelho normalmente sugere sangue ou guerra. Aqui, as duas idéias são válidas, pois este é o cavalo de guerra que causaria a morte.
Foi-lhe dado tirar a paz da terra: A missão deste segundo cavaleiro é claramente revelada. Ele causaria guerra. Homens matariam uns aos outros. Enquanto estas imagens não identificam nenhuma guerra específica, fica evidente que guerra seria usada, mais uma vez, como castigo divino. Depois da derrota do exército egípcio no mar Vermelho, Moisés disse: “O SENHOR é homem de guerra” (Êxodo 15:3). Guerras entre povos foram usadas por Deus diversas vezes no Antigo Testamento como meio de castigo (Jeremias 28:8). Ele usou os israelitas para castigar os povos que ocupavam a terra de Canaã, expulsando-os por sua iniqüidade (Gênesis 15:16-21; Josué 11:20). Ele trouxe inimigos para oprimir os israelitas infiéis na época dos juízes. Usou a Assíria para castigar Israel, a Babilônia para castigar Judá, a Pérsia para castigar a Babilônia, etc.
Já que observamos paralelos entre os quatro cavaleiros do Apocalipse e a visão de Zacarias 1:7-17, devemos observar, também, o significado da paz da terra. O relatório dos cavaleiros de Zacarias, que acharam a terra “repousada e tranqüila” (1:11), não foi uma boa notícia para os servos fiéis de Deus. Quatro meses antes desta profecia, Ageu havia profetizado que Deus iria fazer “abalar todas as nações” (Ageu 2:7; veja as datas em Ageu 2:1 e Zacarias 1:7). Quatro meses passaram, e Deus ainda não havia começado a castigar as nações que perseguiam os servos de Deus e dificultaram seu serviço em Jerusalém. A terra em paz significava falta de movimento de Deus contra o inimigo. No Apocalipse, temos uma situação diferente mas paralela. Se deixasse a terra em paz, o cavaleiro estaria deixando os povos ímpios sem castigo, e os servos de Deus não teriam alívio. Do ponto de vista dos santos, o segundo selo traz boas notícias. Do ponto de vista dos inimigos de Deus, serve como aviso de castigo merecido.
Uma grande espada: Como esperaríamos de uma figura que representa guerra, esta cavaleiro recebe uma grande espada. Espadas foram usadas para matar os fiéis servos de Deus (Hebreus 11:37), e foram dadas por Deus aos governantes para castigar malfeitores (Romanos 13:4). Mas no final de contas, a espada de dois gumes, a palavra de Deus, julga os homens (Hebreus 4:12) e traz o castigo contra os inimigos do Senhor. A espada aqui reforça o símbolo de castigo divino.
O TERCEIRO SELO :
A pocalipse 6:5 E, havendo aberto o terceiro selo, ouvi dizer ao terceiro animal: Vem, e vê. E olhei, e eis um cavalo preto e o que sobre ele estava assentado tinha uma balança na mão.
6 E ouvi uma voz no meio dos quatro animais, que dizia: Uma medida de trigo por um dinheiro, e três medidas de cevada por um dinheiro; e não danifiques o azeite e o vinho.
Quando abriu o terceiro selo, ouvi o terceiro ser vivente: O terceiro ser vivente chama o terceiro cavaleiro à sua missão.
Um cavalo preto e o seu cavaleiro: Preto é a cor da angústia e desespero. Jeremias profetizou de um castigo divino que traria tristeza profunda sobre a terra, deixando as cidades desamparadas. Ele disse: “Por isso, a terra pranteará, e os céus acima se enegrecerão” (Jeremias 4:28). Devido à repreensão de Deus, os céus se tornam escuros (Isaías 50:2).
Uma balança na mão: A balança é usada para pesar. O versículo 6 mostrará o sentido de pesar comida para vender. A idéia de pesar a comida já sugere escassez e sofrimento (Ezequiel 4:10,16).
6:6 – E ouvi uma como que voz no meio dos quatro seres viventes dizendo: Uma medida de trigo por um denário; três medidas de cevada por um denário; e não danifiques o azeite e o vinho.
Voz no meio dos quatro seres viventes: Os quatro seres viventes ficam ao redor do trono de Deus. A voz no meio deles é a voz de Deus. O que segue vem do Senhor.
Uma medida de trigo por um denário; três medidas de cevada por um denário: Grãos básicos usados na alimentação diária são vendidos aqui por preços altíssimos. O Dicionário Vine diz que esta medida seria “de capacidade para secos de cerca de um litro” e que seria suficiente para sustentar uma pessoa por um dia. Diz, também, que o preço aqui seria 8 vezes o normal (pág. 778). Um denário era o valor da diária de um trabalhador na parábola dos trabalhadores na vinha (Mateus 20:2). Aqui, então, um homem teria que trabalhar o dia todo para ter comida para uma pessoa, sem falar de sustentar uma família ou pagar outras despesas.
Não danifiques o azeite e o vinho: Pelo fato que o trigo e a cevada seriam alimentos mais básicos e essenciais, a disponibilidade do azeite e do vinho pode mostrar que os ricos não sofreriam tanto como os pobres. Pode sugerir, também, que o sofrimento que o terceiro cavaleiro trouxe não seria resultado de uma fome geral.
O QUARTO SELO :
Apocalipse 6:7 "E, havendo aberto o quarto selo, ouvi a voz do quarto animal, que dizia: Vem, e vê.
8 E olhei, e eis um cavalo amarelo, e o que estava assentado sobre ele tinha por nome Morte; e o inferno o seguia; e foi-lhes dado poder para matar a quarta parte da terra, com espada, e com fome, e com peste, e com as feras da terra."
Quando o Cordeiro abriu o quarto selo, ouvi a voz do quarto ser vivente: O quarto selo, o último cavaleiro, e o último dos quatro seres viventes. Os primeiros quatro selos formam uma subsérie.
6:8 - E olhei, e eis um cavalo amarelo e o seu cavaleiro, sendo este chamado Morte;
Um cavalo amarelo e o seu cavaleiro, sendo este chamado Morte: A cor deste cavalo é incerto, mas o significado, não. É a mesma palavra usada para descrever erva verde (8:7), qualquer coisa verde (9:4) e relva verde (Marcos 6:39). Alguns explicam a idéia de amarelo/verde ou de pálido. Independente do tom exato, o significado é bem definido. Este cavalo e seu cavaleiro representam a morte.
6:8b e o Inferno o estava seguindo, e foi-lhes dada autoridade sobre a quarta parte da terra para matar à espada, pela fome, com a mortandade e por meio das feras da terra.
O Inferno o estava seguindo: O Inferno (grego, hades), a região dos mortos, é o companheiro da Morte. Andam juntos aqui, e serão vencidos em 20:14. Os dois juntos reforçam o significado deste selo. Ele causa a morte.
Mas, não é uma destruição total. A Morte e o Inferno recebem autoridade sobre 25% da terra. Matarão muitos, mas não todos.
A Morte usa quatro castigos comuns na história bíblica: a espada, a fome, a mortandade (pragas – NVI) e as feras da terra. Em Ezequiel 14:21, Deus fala dos seus “quatro maus juízos: a espada, a fome, as bestas-feras e a peste”. Esta linguagem deixa claro que o próprio Deus envia estes castigos.
MARANATA !!!! ORA VEM SENHOR JESUS !!!!
Pastor Francisco Antonio
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